Os protestos anunciados para Lisboa e Porto pela defesa de uma Casa para Viver com dignidade foram fundamentais para que o governo se precipitasse no anúncio de medidas para a habitação e que aprovasse hoje um conjunto de subsídios temporários às rendas e prestações bancárias. Isso demonstra que o governo teme o protesto e a organização social e isso diz-nos que devemos continuar esse caminho.
Mas as medidas aprovadas hoje revelam que o governo vai subordinar o orçamento público ao pagamento da especulação, pagando rendas altas e os lucros dos bancos, renunciando à sua regulação e controlo. Relembramos que é o mesmo orçamento público que não está disponível para dar mais condições aos cuidados de saúde, à manutenção de urgências hospitalares, ao pagamento devido aos professores, etc. –
As medidas aprovadas hoje, além de temporárias são também insuficientes, não conseguem abarcar a dimensão da crise da habitação.
Apelamos à participação na manifestação de 1 de Abril, em Lisboa e no Porto, pela defesa de uma Casa para Viver! Para lutar por medidas duradouras, efectivas e justas para a habitação que não passem pela espoliação do rendimento das famílias ou do orçamento público para a especulação.