Esta manhã, nas ruas de Camarate, entre Lisboa e Loures, soprou o vento gelado do neoliberalismo estatal, um vento ignorante e desumano que não tem misericórdia e não conhece a história. Esta manhã o Bairro da Torre acordou ao som do bulldozer a querer demolir um pedaço dele, uma casa habitada, o refúgio de uma família.
As moradoras resistiram, xs simpatizantes do movimento pela casa chegaram em solidariedade, mas não conseguiram impedir uma demolição ilegal impiedosa. O bulldozer derrubou a casa com todo o amianto que a cobria, pondo assim em perigo a saúde das residentes, de crianças e de idosas, dos próprios trabalhadores.
Face aos protestos, a Câmara de Loures é obrigada a fornecer uma solução: mas a única proposta é a de dividir a família, em camaratas distintas e só durante 15 dias. Não é uma solução aceitável. É por isso que continuamos a apoiar a família despejada e a totalidade do Bairro da Torre.
Nem mesmo a crise de saúde que estamos a viver consegue abrir os olhos das instituições e do capital que governa. Não pensam na importância que viver numa casa decente tem para a saúde das pessoas, para a saúde pública.
Não podemos continuar a permitir que demolições e despejos sejam efetuados impunemente, desafiando a lei, a saúde e o direito a uma casa digna
Agora mais do que nunca:
A CASA É UM DIREITO FUNDAMENTAL!
SOLUÇÃO ESTÁVEL PARA NICOLAIVA RAMOS E SEU MARIDO.
#MUNICÍPIODELOURES